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Oito em cada 10 AVCs são preveníveis. Por isso sou uma entusiasta desse tema e quero muito mostrar os caminhos da prevenção para vocês. 

A seguir os FATORES DE RISCO do AVC isquêmico que são possíveis de evitar ou controlar:

Hipertensão arterial (Pressão alta): é o fator de risco TRATÁVEL mais importante para o AVC. E afeta pelo menos 1 a cada 4 adultos no Brasil (Fonte: Ministério da saúde). O termo pressão arterial se refere à pressão nas artérias que levam o sangue do coração para o resto do corpo. A pressão média de uma pessoa saudável é de 120/80 mmHg (“12 por 8”). Quando a pressão está elevada, ela acaba lesionando os vasos sanguíneos do cérebro e pode causar um AVC. Grande dificuldade: 99,9% dos casos não apresentam sintoma nenhum. O único jeito de saber se tem ou não a hipertensão é medindo a pressão arterial regularmente. O tratamento da hipertensão é muito importante, pois reduz tanto o risco de AVC como de ataques do coração! Mesmo que uma pessoa tenha uma pressão só um pouco elevada é preciso consultar um médico para começar o tratamento adequado.

Diabetes: O diabetes também é uma doença silenciosa e grave. Não devemos esperar aparecerem sintomas. O melhor é estar sempre com exames de rotina em dia e consulta com seu clínico para um diagnóstico precoce e tratamento adequado. O diabetes mal controlado causa lesão gradativa aos vasos sanguíneos e com isso pode causar um AVC. Fique atento! Prevenção é o melhor remédio! Podemos prevenir o diabetes nos alimentando bem e fazendo exercícios físicos.

Colesterol alterado: Sabem qual é o colesterol bom e o colesterol ruim? O LDL é o colesterol ruim. E o HDL, o colesterol bom! Uma boa alimentação e a prática de exercícios físicos ajudam a controlar e equilibrar as taxas desses colesteróis. Porém, como a maior parte do colesterol é produzida dentro do nosso corpo, há uma grande influência genética nessas taxas. Por isso, é necessário manter um check-up regular para medir e controlar seu colesterol e ajudar a diminuir o risco de ter um AVC e outras doenças. 

Sedentarismo: “O sedentarismo é a falta, diminuição ou ausência de atividades físicas, e é intensificado pelos hábitos da vida moderna. O sedentarismo traz muitos riscos ao corpo, como doenças cardiovasculares, osteoporose, diabetes, obesidade, aumento do colesterol, hipertensão arterial, infarto do miocárdio, entre outras. O risco de infarto é, em média, 54% maior em pessoas sedentárias e o de derrame cerebral, 50% maior. O sedentarismo, quando em níveis muito altos, pode causar até morte súbita.” Começar uma atividade física regular, por exemplo caminhadas três vezes por semana, traz benefícios à saúde.

Obesidade: A obesidade é uma doença crônica que aumenta o risco de morte e de outras doenças, como o diabetes, pressão alta, colesterol alto, doenças cardíacas, câncer e AVC. As duas maneiras de descobrir se estamos obesos são bem simples e gratuitas: 1) para calcular seu IMC (índice de massa corporal) basta dividir seu peso pela sua altura ao quadrado. Se der maior que 25, você está acima do peso! 2) circunferência abdominal, medida com uma fita métrica (sem murchar a barriga) mais ou menos na altura do umbigo (ponto médio entre a última costela e a borda da crista ilíaca). O valor ideal para mulheres é menor que 80 cm e para os homens menor que 94 cm.

Tabagismo: Fumar aumenta o risco de todos os subtipos de AVC. Os fumantes têm risco duas vezes maior de desenvolver um quadro de AVC em comparação com pessoas que não fumaram ao longo da vida. Esse risco maior desaparece depois de cerca de 2 ou 4 anos sem fumar. Ou seja, se você nunca fumou, ótimo! Se você fuma, está em tempo de parar e diminuir seu risco!!!

Dieta inadequada: Uma dieta inadequada pode aumentar o risco de obesidade e colesterol alterado, que são fatores de risco para o AVC. Você pode diminuir este risco mudando a sua dieta, principalmente reduzindo o consumo de gordura animal e aumentando o consumo de grãos, legumes e frutas; controlando a ingestão de sal para melhorar a pressão arterial e diminuindo a quantidade de açúcares e derivados para melhorar o controle do diabetes. Consulte também uma nutricionista para melhorar sua dieta.

Álcool e drogas:  O consumo excessivo de bebidas alcoólicas associa-se a grande aumento na incidência de AVC (derrame cerebral). O consumo rotineiro de álcool pode levar a hipertensão arterial (pressão alta) e níveis inadequados de colesterol no sangue – fatores de risco já citados.

O uso de cocaína ou crack é capaz de gerar lesão arterial e picos hipertensivos, sendo também associado ao desenvolvimento de AVC.

Doenças do coração

As doenças do coração (arritmias, infarto, doença nas válvulas, Doença de Chagas) aumentam o risco de AVC. 

A fibrilação atrial é a arritmia mais comumente associada ao AVC de origem cardíaca. Ela se caracteriza por batimentos cardíacos desregulados e provoca uma corrente sanguínea irregular, facilitando a formação de coágulos sanguíneos dentro do coração. Esses coágulos podem chegar pela circulação nos vasos do cérebro, obstruindo o fluxo sanguíneo e causando um AVC. 

A fibrilação atrial pode ser tratada para evitar um AVC. Mantenha seu check-up cardiológico em dia.